quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Traídos Pelo Destino

Traídos pelo Destino (Reservation Roads) está longe da categoria de melhores filmes vistos, mas também distante dos costumeiros filmes crus Hollywoodianos. A verdade é que ainda que não toque em questões universais de uma forma tão sensitiva e memorável, ainda assim, retrata de uma forma especial. É, acima de tudo, um filme comum sobre pessoas comuns.
Um garoto é atropelado enquanto volta de um evento com seus familiares, assustado, o condutor (Mark Ruffalo), que está retornando de uma partida dos Red Sox a qual assistiu com o filho, abandona a vítima enquanto o pai desta (Joaquin Phoenix) a socorre. A partir deste ponto, a trama se desenrola mostrando o desespero e a culpa de Ruffalo e a busca incessante de Phoenix que vê a sua caça como forma de escapar a dor da perda do filho.
Não seria diferente dos inúmeros filmes americanos que em vão tentam alcançar uma postura "cult e inteligente" como os filmes europeus, se não fosse a atuação de seus atores. De fato, o que me atraiu foi o trio: Mark Ruffalo, Joaquin Phoenix (especialmente este) e Jennifer Connely.
Apesar de serem conhecidos, por outros estilos de filmes e personagens, incorporaram as suas personagens trágicas, mas incrivelmente comuns e ordinárias, de uma forma que você realmente sente os mesmo sentimentos que eles e não consegue julgar nenhum.
Por tratar um assunto delicado, o filme incomoda e demais. Qualquer matéria em relação a morte de crianças, ainda que acidentais, mexe com o público. O filme ganha por conseguir te prender ao suspense por mais que a cada minuto que passe você fique mais tenso e rezando para que termine o sofrimento.
O filme peca, no entanto, por seu final. Parece o melhor final possível, onde cada um faz o que tem de fazer, mas me irritou pelo seu leve tom de "liçãozinha moral" que, na verdade, não tem nada que realmente acrescente. Além disso, vai se perdendo, muda do drama a um certo suspense inesperadamente.
A paisagem local é bem explorada para o feeling do filme e para os cenários, aproveita-se do ambiente familiar e de pequena cidade bem suprida e feliz americana para introduzir o choque da realidade cruel da vida.
Acho que quem me conhece sabe que sou apaixonada por Joaquin Phoenix, mas embora este tenha atuado muito bem, mostrando feições e trejeitos inéditos a suas atuações anteriores, preciso reconhecer que Ruffalo não fica para trás.
Recomendo àqueles que suportem a tensão e o drama e para os fãs dos atores.

Um comentário:

  1. Lisa, achei um absurdo o que aconteceu com sua outra conta! Se vc precisar de ajuda, eu acho que posso te ajudar!

    De qualquer forma, seu blog continua mto legal!
    bjos

    ResponderExcluir