sábado, 15 de agosto de 2015

A Rainha Vermelha - Julgue pela Capa







Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.








Todos nós crescemos com o velho ditado "não julgue um livro pela capa". Muito embora essa máxima sirva para quase todas as situações envolvendo seres humanos, o mesmo não pode ser dito em relação a livros. Não são raros os casos que a capa pode te antecipar ao que te espera na leitura e com "A Rainha Vermelha" não foi diferente.

A capa me chamou atenção desde o início, mas como me faltavam fundos no dia, fiquei sonhando para num futuro, quem sabe, adquirir. Felizmente, graças ao nosso querido skoob e a editora, pude participar do sorteio de cortesias e, para minha grata surpresa, fui uma das escolhidas!

Foi com muita alegria que recebi meu exemplar em casa. Nunca ganhei em nenhum sorteio antes, então podem imaginar que a minha felicidade foi dupla: fui sorteada e de quebra, ganhei um livro que queria MUITO. Para vocês terem noção da minha alegria, ainda nem joguei fora o envelope de papelão em que veio o livro.

Admirando a capa novamente as minhas primeiras impressões retornaram, o que esperar do livro? Nada mais que uma boa literatura pipoca, como vários outros, mas que o fato de serem comerciais não os desmerecem, afinal, o que seriamos de nós sem esses momentos de desconcentração com bobagem?

Minhas expectativas, a partir da capa, não foram em vão. A Rainha Vermelha é um livro comercial, mas é um top de linha. Isso significa que tem todos os ingredientes para se tornar um sucesso e gerar filmes-adaptações com grandes bilheterias.

Sim, o livro é clichê, usa dos recursos mais banais para nos prender a atenção (inclusive suas personagens masculinas que são de fazer suspirar qualquer garota), reviravoltas supostamente surpreendentes (nossos queridos cliffhangers), e a ideia não é nem um pouco original. MAS, isso tudo não impede que o livro seja bom, que te prenda de tal forma que você vire a noite para ler inteirinho.... Mesmo que você imagine o que vai acontecer e acertar em 80% das vezes. E esse é o grande mérito, é por isso que A Rainha Vermelha como outros comerciais como Jogos Vorazes e Divergentes fazem sucesso.

Li críticas sobre a falta de originalidade, que seria cópia das duas séries citadas acima. Não discordo de tais opiniões, apenas tenho uma leitura diferente sobre essa questão. O fato é que todos eles são cópias de outros livros mais antigos, de forma que se perde um pouco o fio da meada de quem copiou quem. Na verdade, todos os livros distópicos partem de certa forma a partir de 1984 do George Orwell que por seu turno deve ter se inspirado em outros mais antigos ainda.

Além disso, hoje em dia, é difícil ser completamente original, não é mesmo? Sendo assim, para mim, o que faz com que um livro se destaque é justamente ele conseguir te prender mesmo que você tenha a sensação do "já vi isso acontecer antes, então a próxima cena vai ser assim".

Por isso, eu recomendo àqueles, como eu, que adoram uma boa literatura pipoca! Só alerto que a continuação ainda será lançada o que, pelo menos a mim, me trouxe grande pesar. Só me restam as unhas para descobrir se o que imagino que acontecerá à Mare Bullow vai acontecer de fato, mesmo que já tenha quase absoluta certeza.